Continuando nossa série de micro-estados europeus, partiremos de Mônaco e avançaremos terra adentro e em direção àquele que talvez tenha consigo a própria alma da Europa, o Grão Ducado de Luxemburgo.
Luxemburgo, um dos menores países da Europa, predominantemente rural que mais de uma vez decidiu o destino de todo o continente, recentemente através da fundação da União Europeia
Pequeno em proporções mas gigante em beleza, tanto o país quanto a capital que leva o mesmo nome, são áreas de turismo cobiçadas por todo o mundo pela distinta arquitetura germânica, natureza abundante convidativa e claro, por ser o próprio berço dos contos de fada.
História
Pouco se sabe sobre os primeiros habitantes da região que viria a ser chamada Luxemburgo para além dos poucos vestígios encontrados nas proximidades da capital que datam de 5140 A.C.
Os habitantes mais antigos dos quais se têm registro são duas tribos belgas, os Treveri e Mediomatrici de 450 A.C até a conquista Romana em 53 A.C. Com a queda do Império no século quinto, deu-se início à idade média na região que foi logo conquistada pelos reinos francos.
Sucessivamente, a região já fez parte dos reinos da Áustria, Sacro Império Romano, Lotharingia, finalmente se tornando uma entidade independente em 963 quando Siegfried, o Conde de Ardennes trocou suas terras por uma pequena, porém bem localizada fortaleza romana próxima ao rio Alzette.
Esta pequena fortaleza (Lucilinburhuc) seria o marco zero a partir do qual a cidade de Luxemburgo se expandiu a partir de guerras, negociações comerciais e o ciclo histórico da vida humana.
Em 1354, O imperador do Sacro Império Romano, Charles IV, transformou o então condado de Luxemburgo em um ducado, título que carrega até hoje como o último Grão Ducado do mundo.
Em 1443, Elizabeth de Görlitz, sobrinha do imperador, foi forçada a ceder o ducado a Filipe III, duque da Burgúndia que, depois de um casamento, passou junto com todas as outras posses de sua família, para a casa de habsburgo.
Durante a guerra dos trinta anos, o Ducado seria conquistado pela França de Luís XIV, uma dominação que só acabaria com a queda de napoleão em 1814, depois da qual, seu status de Grão ducado voltaria a tomar efeito sob a governança de William I de Orange-Nassau, formando assim uma união pessoal com a Holanda.
Dizer que a situação do Ducado durante este período era “complexa”, seria no mínimo um eufemismo, o fato persistia porém, de que a vida dos habitantes do Grão Ducado nesta época despencou em qualidade, com seu governo dividido com a Holanda e com a Áustria por via da confederação alemã.
Entretanto, Luxemburgo atravessou a volatilidade dos séculos 19 e 20 com discernimento o suficiente para, em 1848.
A pequena nação ainda teria de atravessar duas guerras mundiais e sobreviver às brutalidades da ocupação alemã durante o governo de Adolf Hitler, mas, mesmo em meio ao caos, o Ducado sobreviveu, assumindo um papel ativo na formação da União Européia em 1993.
Cultura e tradições
A história de Luxemburgo é a história da própria Europa e isto se mostra em quase todos os aspectos da cultura local, desde as muitas línguas faladas no país, até seus feriados e datas festivas.
Bretzelsonndeg: Se uma data comemorativa chamada de “dia do pretzel” não enche a sua imaginação com os cenários mais agradáveis, é possível que nada vai. Mas o pretzel tem um significado que vai para além do mero manjar. O pão tem ligação simbólica com o começo da quaresma, seu formato representando braços cruzados em oração.
Éimaischen: Na segunda-feira, logo após a Páscoa, ocorre um festival folclórico onde as ruas se enchem de barraquinhas vendendo pequenos pássaros de louça que também funcionam como apitos e flautas.
Terça-feira Piedosa: Na quinta-feira antes do domingo de Páscoa, quase não se ouve um ruído pelas ruas de Luxemburgo. Os sinos das igrejas se mantém um silêncio quase sepulcral, quebrado eventualmente pelo barulho de crianças chacoalhando pequenas caixas como chocalhos, um sinal para que os sinos comecem a tocar enquanto elas cantam “Toque o sino uma vez, toque o sino duas vezes, toque o sino quantas vezes puder”.
Ovos de Páscoa Pintados: Como você já deve ter notado, a Páscoa é uma data de importância absoluta em Luxemburgo, de onde vem uma das tradições mais difundidas do ocidente. O pintar de ovos de páscoa que enfeitam a mesa enquanto um prato de coelho é servido. No feriado também é comum que os pais brinquem com os filhos, escondendo os ovos com chocolates e dinheiro pela casa da família.
Oktavsmäertchen: Apesar de ter começado como um feriado religioso que tem início no terceiro domingo após a páscoa. Muitas pessoas hoje gostam de visitar o mercado Octavo para aproveitar as barraquinhas de comida, jogos, restaurantes e diversões.
Schueberfouer: Todo ano, no dia 23 de Agosto, uma grande feira é realizada nas ruas de Luxemburgo, com direito a muita comida, montanhas russas (tente experimentar estes dois com uma hora de separação) e música ao vivo. A feira ocorre há mais de 600 anos, tendo começado em 1340.
Fuesent: Um carnaval no sentido mais tradicional da palavra. Vista uma fantasia engraçada, se divirta pelas ruas e aproveite, pois este é um último adeus a carne antes do começo dos jejuns quaresmais.
Festival do Vinho: Eventos locais que normalmente ocorrem durante o verão em vinícolas ou até mesmo ao ar livre. Os produtores locais de vinho abrem suas adegas para degustações acompanhadas de comidas típicas e em algumas vilas, as fontes começam a fluir com a bebida.
Línguas
Ao mesmo tempo em que Luxemburgo é um microestado dez vezes menor do que Sergipe, o ducado também possui uma das maiores variedades linguísticas do mundo, dada a devida proporção demográfica.
São três línguas oficiais: Luxemburguês, Francês e Alemão. Mas 50% da população total do país é estrangeira, fazendo com que o inglês também seja muito difundido. Até mesmo o Português é falado por 20% da população.
Isto é claro sem mencionar o Italiano, Eslavo e um punhado de línguas nórdicas como Norueguês e Suéco.
Geografia
Se você pretende explorar a fantástica natureza de Luxemburgo com seus riachos, montanhas e bosques que parecem ter sido retirados diretamente das cenas de um antigo filme da Disney, precisará ter uma boa ideia de onde está e para onde vai.
Para tanto, você precisa compreender que Luxemburgo é dividida entre duas regiões maiores:
Oesling: A região mais ao norte é delimitada por um canto das montanhas Ardennes que ficam ao sul da Bélgica, formando um Platô de mais de 450 metros. Lá se encontra uma floresta elevada, cortada pelos profundos vales do rio Sûre, que corre para o leste em direção ao centro-norte de Luxemburgo.
Bon Pays: Também chamada de “Guttland”, isto é “Boa terra”, esta região contém dois terços do território nacional de Luxemburgo e, portanto, tem maior variedade de biomas, assim como a maior densidade populacional.
No centro do Bon Pays está um vale centrado no rio Alzette que flui para o norte, ao longo do qual estão os centros populacionais que formam o polo econômico do país. Neste mesmo vale fica a Mullerthal, uma grande floresta de faias.
Culinária
Judd Mat Gaardebounen: Longe dos complexos pratos franceses de mônaco, o Judd de Luxemburgo é um prato simples, porém robusto e aconchegante à base de joelho de porco, arroz, batata e bacon.
Bounenschlupp: Talvez não um dos mais belos pratos que você verá em Luxemburgo, mas certamente um dos mais saborosos, a Bounenschlupp é composta de feijões verdes, batatas e bacon é uma das favoritas para afastar o frio noturno.
A receita tende a mudar de acordo com a região, adicionando ou retirando cenouras, alho poró, leite e aipo, sempre acompanhadas de linguiça e bacon, como não poderia faltar.
F’rell Am Rèisleck: Sendo Luxemburgo um país sem acesso para o mar, a maioria dos pratos locais à base de peixe será derivado daquilo que é pescado em águas doces como trutas, piques e outros. O F’rell Am Rèisleck é feito fritando uma truta em manteiga derretida e coberta com uma mistura de vinho riesling, chalotas, creme fraiche, temperos e ervas. Com um acompanhamento de batatas.
Gromperekichelcher: Deliciosos e crocantes bolinhos de batata frita, são encontrados por toda luxemburgo como uma das mais populares comidas de rua, ou como aperitivos em restaurantes desde o mais popular ao mais luxuoso.
Quetschentaart: Um deleite tanto aos olhos quanto para o palato. A Quetschentaart pode ser encontrada durante o outono em todas as padarias luxemburguesas. Sua receita leva ameixas curadas e moídas para formar o patê que recheia a torta, então como acabamento, fatias de ameixa são dispostas no topo da torta em um padrão floral.
O que vestir:
Luxemburgo se encontra bem no meio da Europa, isto significa que o lugar é frio e cinzento a maior parte do ano, por isso, quando você for fazer as malas para visitar o berço da magia Européia, tenha camadas em mente. Quantas puder.
Mas passear por Luxemburgo também inclui uma variedade maior de cenários com cidades grandes, pequenas vilas e passeios pela natureza, então vamos considerar o que levar em cada um destes cenários:
Na capital: Luxemburgueses em geral tendem a preferir um estilo simples, porém elegante. Então invista em grandes casacos, cachecóis, cardigans e outros agasalhos do tipo. E não esqueça de levar um guarda-chuva!
Na vila: Quando nas vilas, é perfeitamente aceitável subordinar a elegância ao conforto, mesmo que sem jamais abandoná-la. vista algo que lhe permita ir de vila em vila, visitando diferentes pontos de interesse sem suar demais.
Na natureza: Uma visita a luxemburgo não seria completa sem uma trilha pelas montanhas e florestas do país. Se for ouvir o chamado da aventura, lembre-se de usar botas impermeáveis para máximo conforto e roupas que conservem o calor sem restringir o movimento. Blusas térmicas ao estilo underwear também são recomendáveis.
Aonde ir:
Echternach: O mais antigo povoado de Luxemburgo fará com que se sinta no palco de um conto de fadas. Echternacht é uma vilazinha construída à moda germânica que servirá como o perfeito ponto de partida para as suas incursões nos bucólicos bosques de Luxemburgo.
Isto é especialmente verdade se a famosa floresta de Mullerthal estiver em seu roteiro ou se você tiver um gosto pelos excelentes vinhos do festival de verão, claro, ficando apenas na pequena vila também não faltarão divertimentos como restaurantes e museus.
Vianden: Também na fronteira alemã encontramos o povoado de Vianden, distinta não apenas pelo seu charme europeu, mas também pela fortaleza de Vianden, que um dia foi o lar de grande parte da nobreza luxemburguesa.
O castelo passou séculos abandonado e seu restauro começou apenas na década de 1970, e embora ainda não tenha sido concluída, já é possível ver a fortaleza em sua antiga glória.
Além da grande significância histórica, no topo da fortaleza, em sua torre mais alta, há um restaurante que só pode ser acessado por bondinho e oferece as melhores vistas do país.
Mullerthal: Imagine as florestas onde ocorrem histórias como “O Hobbit” de Tolkien, ou qualquer conto dos irmãos Grimm e a imagem resultante não estará muito longe da real aparência de Mullerthal.
Mas os motivos para visitar esta terra tão fantástica vão para além da beleza de suas raízes entrelaçadas com as formações rochosas incomuns, aqui também se encontra um povoado famoso
Beaufort: Outra cidade construída em proximidade a um castelo, Beaufort surgiu originalmente como um antigo acampamento romano que foi expandido ao longo dos séculos até se tornar um verdadeiro povoado e então uma pequena cidade.
A antiga fortaleza, infelizmente não se recuperou da batalha de Ardennes da segunda guerra mundial que viu fez uma grande porcentagem de sua estrutura se tornar ruínas onde ainda se veem os buracos de balas e artilharia.tem
Entretanto, ainda é possível explorar o interior do castelo e depois aproveitar uma tarde agradável de trilhas pela região.
A capital: Seria impossível afirmar que se visitou Luxemburgo sem colocar os pés em sua capital titular e experimentar tudo que ela oferece, e acredite, uma vida inteira em Luxemburgo não seri o suficiente para ver tudo.
Caminhe pelas ruelas medievais que se tornará patrimônio da humanidade e contemple ao menos uma vez o palácio do grão-duque, a catedral de Notre Dame, o Place D’armes e as casamatas subterrâneas de ambas as guerras mundiais.
E, quando se cansar do passado, visite as partes mais modernas da cidade para aproveitar a vibrante vida noturna, excelentes restaurantes, hotéis luxuosos, tudo em meio as marcas de uma cidade milenar.
Coma como os locais
Lux’Burgers: Americano? Sim. Universal? Sim. Delicioso? Com toda certeza. Por clamor popular, a Lux’ Burguers é a dona do melhor hambúrguer de Luxemburgo. Não apenas isto, é também o restaurante Luxemburguês número do Trip Advisor, oferecendo o hambúrguer clássico com um toque de tradição local.
Rockhal: Localizado dentro de um complexo industrial aposentado em Esch-sur-Alzette, o estabelecimento recebe os maiores shows da europa com alguns dos maiores artistas do mundo como SlipKnot, Pentatonix, Sabaton entre outros.
La Taperia – Cafe des bons amis: A uma pequena caminhada do centro de Luxemburgo está este pequeno restaurante familiar especializado em comida espanhola. Mas não deixe a simplicidade do ambiente enganá-lo. A taperia Cafe des Bons Amis é um dos restaurantes mais badalados de luxemburgo por conta de seu excelente menu, atendimento poliglota de alta qualidade e belíssima vista na varanda.
Aproveite o ar livre
Petrusse Casemates: O que um dia foram fortificações medievais modernizadas pelos ocupantes espanhóis de Luxemburgo, depois complementadas por novos ocupantes ao longo dos séculos é hoje uma das melhores experiências históricas da cidade.
A série de bunkers e fortificações ligadas por túneis subterrâneos conhecidos como as “Petrusse Casemates” dão acesso a uma série de outras atrações ao ar livre como o Place de la Constitution, além do tour ser uma verdadeira aula sobre a história da Europa.
Vale dos Sete Castelos: Não seria uma viagem a Luxemburgo sem entrar no clima de conto de fadas medieval que permeia cada metro quadrado de seu interior. Este tour é feito através de uma viagem de carro com vistas de tirar o fôlego, parando em cada um dos sete castelos que marcam o horizonte da região de Guttland.
Centro Velho de Luxemburgo: Para aproveitar um dos raros dias de sol no micro-país, você não precisa ir longe. O centro velho de Luxemburgo é uma das mais belas visões de toda a Europa, repleta de construções medievais, museus como o Museu de História Militar, excelentes restaurantes (como pode ver abaixo) e atrações para todos os gostos.
Mime-se
Sofitel Luxembourg: A dois quilômetros do centro da cidade, com uma vista privilegiada para o philamornie de Luxemburg e o platô de Kirchberg, encontra-se o Sofitel Luxembourg, com efeito, o melhor hotel do país, com suítes elegantes e serviço de quarto de primeira qualidade. O hotel ostenta dois restaurantes 5 estrelas, o primeiro deles sendo De Feierwon, restaurante especializado em diferentes modalidades de carnes e alguns dos melhores vinhos do país, todos oriundos de produtores locais.
O segundo restaurante é a trattoria Radici, que oferece massas feitas à mão com o melhor da tradição italiana confiada às mãos do chef Yann Castano. Eles também oferecem uma excelente seleção de vinhos italianos escolhidos a dedo para acompanhar cada prato.
Por último há também o Sixtyfour, o bar do hotel, onde mixologistas de ponta estão de prontidão para preparar os melhores drinks e chás do país.
Hotel Parc Beaux Arts: No coração da cidade temos outra joia de luxo e conforto, o Hotel Parc Beaux Arts está localizado a meros 180 metros do Palais Grand-Ducal e 20 metros do Museu Nacional de História e Arte. Os quartos são decorados ao estilo campestre inglês, o que inclui vigas de madeira e lareiras que dão aos cômodos um ar aconchegante e caseiro, ao mesmo tempo em que oferecem serviços extremamente sofisticados. Todas as refeições do estabelecimento são servidas no restaurante de comida luxemburguesa Le Friquets, uma das melhores Brasseries da cidade.
Ma Langue Sourit: Mas se você está à procura da melhor experiência gastronômica que Luxemburgo tem a oferecer, não há como errar ao escolher o restaurante Ma Langue Sourit, liderado pelo Chef Cyril Molard. O restaurante é localizado a 10 Quilômetros da cidade, à beira da floresta e ostenta um ambiente chique, porém acolhedor e intimista, o tipo de lugar onde, mais do que simplesmente comer, se vai para apreciar uma experiência gastronômica. O restaurante está entre os poucos privilegiados com duas estrelas Michelin, testamento do talento artístico por trás de cada prato.
Clairefontaine: Próximo ao Palácio Grand-Ducal você também encontrará o segundo restaurante Luxemburguês a receber uma estrela Michelin: O Clairefontaine do Chef Arnaud Magnier. Sua culinária se destaca pelos molhos intensos e estrelato de ingrediente, sem omitir-se de movimentos mais ousados. O ambiente moderno do restaurante também é um bom contraste à atmosfera histórica da cidade.
Conclusão
Uma viagem para Luxemburgo pode facilmente se tornar a experiência mais significativa de sua vida, mas isto depende da sua capacidade de planejar esta viagem levando em conta seus gostos e os custos associados.
Mas por que gastar horas fazendo todo este planejamento quando você pode confiar as suas férias a um profissional especializado em entregar experiências únicas?
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