adminPor Gil Dantas (@gildantasx)
No último artigo (confira aqui) falamos sobre a visita à adega Plansel, e finalizamos dizendo que o Zé, nosso motorista, chegou para nos pegar pós-almoço, de lá logo nos levaria para um terroir totalmente diferente, com muito cascalho.
Antes de contar propriamente detalhes sobre os vinhos degustados, e experiências que mais marcaram, vamos entender um pouco sobre o clima, tradição e cultura gastronômica e sobre como o terreno argiloso da região influencia no vinho.
Visitamos a vinícola Falua, localizada na região do Tejo, em Portugal. Mas, primeiramente, fomos direto ao vinhedo.
O Clima da Região do Tejo
A região do Tejo, também conhecida como Ribatejo, é uma área de grande importância vitivinícola em Portugal. O clima dessa região é caracterizado por verões quentes e secos, com invernos suaves e chuvosos. Esse clima mediterrâneo proporciona condições ideais para o cultivo de uvas, permitindo o desenvolvimento de vinhos de qualidade.
Durante a visita entendemos que a quantidade de pedras desse solo super argiloso (foto abaixo) exerce muita influência sobre todo o processo de maturação e desenvolvimento da videira e dos frutos ao longo desses 48 hectares de pedra, é MUITA coisa, segundo Nicolas Giannone, que nos acompanhou, disse: “não há nada igual na região”.
E algo que podemos dizer que faz parte do DNA da maioria dos vinhos são notas mais minerais, os vinhos da Falua costumam ser equilibrados, elegantes e expressivos, com notas de frutas maduras, especiarias e, em alguns casos, toques sutis de notas florais.
A adega valoriza a integridade das uvas e a fermentação cuidadosa para preservar o caráter único de cada vinho, oferecendo aos apreciadores de vinho uma experiência autêntica e marcante com cada taça degustada.
E por falar em degustação, vamos ao local de produção conhecer a MEGA estrutura deles, algo realmente grandioso, em termos de quantidade, qualidade, tecnologia, estrutura é realmente demais. Confira alguns dos vídeos no Instagram, que conseguem passar de maneira mais clara essa dimensão. E abaixo, imagens dos tanques e da sala de barris.
Se liga, eu ali anotando tudo para passar aqui para você, isto é, enquanto você não vai lá conhecer, pois se estiver com planos de ir para Portugal, super recomendo que vá conhecer e viver essa experiência.
Missão
Na sua missão, a Falua quer afirmar-se como referência dos vinhos portugueses em todo o mundo, destacando o cunho histórico dos diferentes terroirs e desenvolvendo projetos de enologia que celebram a qualidade e a diferenciação.
Após conhecer todas as instalações, no próprio caminho já estava imaginando a sala de degustação e o que estaria por vir nessa degustação. E dito e feito, uma sala de degustação linda com vista para a sala de barricas, vinhos degustados, histórias contadas, descontração e homenagem.
Degustamos vários vinhos, e ficou comprovado que a junção de todos os elementos: terroir, região, colheita, vinificação e amor envolvido no processo refletem demais na taça. Deixo aqui um parabéns super especial ao trabalho da Enóloga Antonina Barbosa, diretora de enologia da Falua.
Geralmente a ordem dos vinhos são expostas da esquerda para a direita dos mais simples aos mais complexos e caros, mas em minha opinião não são os mais caros que são sempre os melhores, os melhores varia conforme o gosto pessoal de cada pessoa, com o que cada pessoa pode pagar e sobre o conjunto da obra.
Um dos vinhos que mais me encantou estava ali no meio, foi o Conde Vimioso Sommelier Edition: esse vinho pode ser considerado uma joia da adega, produzido a várias mãos, todos os anos a Falua convida um grupo de sommeliers para participarem da escolha das uvas e do blend do Sommelier Edition. Talvez isso tenha influenciado também na minha, pelo fato deles terem incluído os profissionais (sommelier) nessa história.
O tinto tem aroma de ameixas mais maduras, especiarias e um tostado muito bacana. No paladar é intenso, taninos presentes, equilibrados. Bela persistência.
Minha taça ficou cheia de equilíbrio entre os sabores e aromas, de resultado de uma criteriosa seleção de uvas e profissionais que colocaram bastante amor ali.
Finalizada a degustação fomos para o hotel, e para variar tinha que ser jogo rápido, pois o Nicolas reservou uma experiência com menu degustação no restaurante Dois Petiscos, do Chefe João Correia, que nos preparou um menu incrível.
O atendimento foi ótimo, fomos atendidos pela Maria, que é de Fortaleza e está morando por lá. Confira alguns dos pratos nas fotos abaixo. Nos destaques do meu Instagram tem a sequência completa.
Noite mais que especial. Finalizamos bebendo uma no terraço e voltamos a pé ao hotel.
Partiu descansar, pois cedinho já sabe, tinha que correr ainda aqueles 5km, desfrutar de uma bela paisagem antes da nossa próxima aventura, que será na Adega Quinta dos Roques, fica ligado.
Sobre Gil Dantas
Gil é um empreendedor que teve uma trajetória diversificada. Iniciou sua carreira no setor de alimentos e bebidas, trabalhando como garçom enquanto também ensinava karatê. Após gerenciar um lava-rápido, ele descobriu sua verdadeira paixão por restaurantes e vinhos. Fez cursos e se tornou sommelier. Ao longo dos anos, construiu uma carreira de sucesso, tornando-se sócio do Madeleine Jazz Bar, um consultor gastronômico influente, fundador do Lado B. Vinhos, apresentador de podcast e criador de um canal no YouTube. Seu objetivo é inspirar e impactar novos líderes e empreendedores, destacando-se pela persistência, alta performance e habilidade de encantar, servir e vender em suas múltiplas iniciativas.
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